REALIZA OFICINA EM JOÃO PESSOA
Jornalistas e secretários de comunicação ligados à Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) se encontraram nesta terça-feira (18), em João Pessoa, para a primeira de uma série de três oficinas de comunicação que serão realizadas, até dezembro, pelo coletivo de imprensa da entidade.
Realizada pela assessoria de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú (SINPUC), a primeira oficina teve a produção jornalística como tema e foi planejada e ministrada pelo jornalista Manassés de Oliveira.
A segunda será sobre comunicação digital e, a terceira, sobre fotojornalismo.
Conteúdo programático
A oficina direcionada aos assessores e secretários de comunicação abrangeu desde a definição das pautas jornalísticas até a avaliação do interesse público que deve estar presente na rotina de produção da Rede CUT.
Após a introdução, que abordou aspectos históricos do jornalismo, os jornais mais antigos do mundo ainda em circulação e o consumo de informação no Brasil e no mundo, o debate discutiu as etapas de produção como pauta, apuração, redação, edição, ilustração, diagramação e, por fim, distribuição.
Mais cinco eixos foram destacados nos trabalho: o texto jornalístico (estilo jornalístico, chamada, chapéu, título, olho, subtítulo, entretítulo, lead e pirâmide invertida), jornalismo informativo (nota e notícia), jornalismo opinativo (crônica, artigo, editorial e charge), jornalismo interpretativo (reportagem, perfil e entrevista) e, por último, humanização da notícia (ética, credibilidade e interesse público).
Rádios comunitárias e investimentos
Manassés de Oliveira destacou que os dados do Plano Nacional de Outorgas (PNO) indicam que há mais rádios comunitárias no Brasil do que emissoras comerciais. As concessões de rádios no cenário nacional somam 6.969 estações. Destas, 2.727 são comerciais e 4.242 são comunitárias. Na Paraíba há 209 rádios. “67 são comerciais e 142 são comunitárias”, informou.
O jornalista enfatizou que a CUT precisa ocupar a programação destas estações comunitárias e disse que a veiculação dos programas da central deve ser gratuita. A base legal para a gratuidade está garantida na Lei 9.612, de 19 de fevereiro de 1998.
Debate na rede
Ao mesmo tempo em que era ministrada no auditório do Sindicato dos Bancários, em João Pessoa, a oficina de produção jornalística era debatida, em grupos fechados do Facebook e WhatsApp Messenger, pela rede da CUT Nacional.
Em São Paulo, por exemplo, os assessores de comunicação ficaram interessados na integração da rede e na análise de conjuntura empreendidas na capital Paraibana.
Através do Facebook, o professor Ivaldo Gomes deixou o seu recado: “Se cada sindicato usasse sua verba de comunicação para produzir de forma conjunta/coletiva (...) teríamos muito mais resultados. (...) Os tempos são outros. Vamos evoluir”.
A proposta da secretaria de Comunicação da CUT segue o mesmo pensamento. O secretário, Arimatéia França, informou que há uma parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), para a produção coletiva de conteúdo através da TV UFPB. “Temos um orçamento de R$ 48.000,00 para a aquisição de equipamentos necessários para produção de conteúdos. A meta é integrar todos os sindicatos da rede”, comemorou.