ATIVIDADES NO CURIMATAÚ E SERIDÓ
Parte dos servidores dos municípios de Pedra Lavrada, Olivedos, Damião, Nova Palmeira, Frei Martinho e Picuí cruzaram os braços, hoje, para protestar contra a onda conservadora que retira direitos e precariza a vida dos trabalhadores no país.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú e Seridó (SINPUC) iniciou uma série de assembleias, no dia 28 de outubro, e percorreu seis municípios para discutir com os trabalhadores os efeitos, no plano municipal, das medidas que estão em tramitação no Congresso.
De acordo com o secretário geral do SINPUC, Tião Santos, administrações, servidores públicos e os cidadãos brasileiros vão sentir os problemas dos ajustes do governo Temer porque as verbas diminuirão e os serviços serão afetados.
O dirigente disse, em Frei Martinho, que a luta contra as medidas do Planalto está sendo feita pelos movimentos sociais ligados aos trabalhadores e criticou a indiferença da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (FAMUP) e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). “A FAMUP e a CNM deveriam estar no debate porque vão perder recursos”, afirmou Tião.
Em nível municipal o sindicalista disse que professores, Agentes de Combate a Endemias (ACE’s) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s) serão afetados.
Os professores, de acordo com o dirigente, poderão sofrer sem reajuste do piso nacional. ACE’s e ACS’s enfrentarão a concorrência do programa Criança Feliz, comandado pela primeira-dama, Marcela Temer, e poderão ser substituídos por estagiários com formação acadêmica.
Participação e atos públicos
Durante a realização das assembleias os dirigentes reclamaram da baixa participação dos servidores. Mesmo assim muitos aderiram à paralisação.
“Teve uns que decidiram aderir à paralisação naturalmente”. Nova Palmeira, por exemplo, não teve deliberação em assembleia porque foi pouca a participação. Mesmo assim as pessoas entenderam que iriam paralisar”, explicou Tião. Ele disse ainda que o caso é o mesmo do município de Frei Martinho.
Em Olivedos e Damião serão realizados atos públicos para chamar a atenção da sociedade para os problemas que virão em breve, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 seja aprovada no Senado.
Além da luta contra a PEC 55, os servidores rejeitam as reformas trabalhista, previdenciária e do ensino médio. A paralisação nacional ainda é contra as privatizações, a terceirização de serviços, o projeto Escola da Mordaça e a desvalorização do salário mínimo.
Hoje, segundo Tião Santos, os movimentos fazem uma prévia para uma greve nacional que ainda não tem data definida.